A _ cor _ dar , é preciso !
terça-feira, março 31, 2015
Côr de ternura e medo
A
ternura escolhe onde vai surgir ?
Sinto que sim . . .
O
nosso medo é que , por vezes , a afasta !
imagem _ net _
sexta-feira, março 27, 2015
Côr de Teatro
A
vida presenteia - nos , diáriamente , com belas peças teatrais , sobretudo no que se refere à encenação . . .
O
elenco , porém , está cada vez mais lastimável . . .
imagem _ Michael Cheval _
terça-feira, março 24, 2015
Côr de Herberto Helder
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável , único ,
invade as órbitas , a face amorfa das paredes ,
a miséria dos minutos ,
a força sustida das coisas ,
a redonda e livre harmonia do mundo .
Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério .
E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
Até sempre, Poeta . . .
sábado, março 21, 2015
Côr de Poesia
Um dia quebrarei todas as pontes
Que ligam o meu ser, vivo e total ,
À agitação do mundo do irreal ,
E calma subirei até às fontes .
Irei até às fontes onde mora
A plenitude , o límpido esplendor
Que me foi prometido em cada hora ,
E na face incompleta do amor .
Irei beber a luz e o amanhecer ,
Irei beber a voz dessa promessa
Que às vezes como um voo me atravessa ,
E nela cumprirei todo o meu ser .
Sophia de Mello B. Andresen _ Obra Poética _
imagem _ Alphonse Mucha , Poesia _
Etiquetas:
dia da poesia,
Sophia de mello breyner
terça-feira, março 17, 2015
Côr de ... ?
O domador que mete a cabeça na boca
do leão , que busca ?
A piedade do público ?
A do leão ?
A sua própria piedade ?
E o público , está louco ? . . . Porque aplaude ?
Jorge Boccanera
imagem _ Sharon Tancrel _
sábado, março 14, 2015
Côr de ... pelas mãos
Tinham as mãos amarradas, ou algemadas,
e
ainda assim , os dedos dançavam , voavam ,
desenhavam palavras .
Os presos estavam encapuzados , mas inclinando-se conseguiam ver alguma coisa , alguma coisinha , por baixo. E embora fosse proibido falar, eles conversavam com as mãos.
Pinio Ungerfeld ensinou me o alfabeto dos dedos , que aprendeu na prisão sem professor . . .
_ Alguns tinham caligrafia ruim , me disse. Outros tinham letra de artista _ .
A ditadura uruguaia queria que cada um fosse apenas
um , que cada um fosse ninguém . . .
nas cadeias e quartéis , e no país inteiro , a comunicação era delito.
Alguns presos passaram mais de dez anos enterrados em calabouços solitários do tamanho de um ataúde , sem escutar outras vozes além do ruído das grades ou dos passos das botas pelos corredores.
Fernández Huidobro e MaurícioRosencof , condenados
a essa solidão , salvaram-se porque conseguiram conversar , com batidinhas na parede.
Assim contavam sonhos e lembranças, amores e desamores , discutiam , se abraçavam ,
brigavam , compartilhavam certezas e belezas
e
também dúvidas e culpas e perguntas que não têm resposta.
Quando é verdadeira , quando nasce da necessidade de dizer ,
a voz humana não encontra quem a detenha.
Se lhe negam a boca , ela fala pelas mãos .
Eduardo Galeano _ O livro dos abraços _
imagem _ net _
sábado, março 07, 2015
Côr de não . . .
não
me tragam pegadas de passos que não dei
não me peçam que diga palavras que não
sei , ou tive de esquecer . . .
antes que a dor viesse . . .
Puri Fontes , excerto de _ Poemas de veneno e asas e frias _
imagem _ Kristian Adam _
quarta-feira, março 04, 2015
domingo, março 01, 2015
Côr de entidades
Geralmente,
só chamamos vestes a certas peças de roupa com que nos cobrimos , mas, na realidade , esta questão vai muito mais longe.
Assim , podemos dizer que o corpo físico é a veste da alma e do espírito , que as palavras são as vestes do pensamento , etc.
Os sentimentos , os pensamentos , as forças , possuem uma veste que lhes permite manifestarem-se. Todas as criaturas visíveis e invisíveis têm vestes .
Uma flor , por exemplo , é a veste de uma determinada entidade. Por isso se deve meditar nas flores , nas suas formas , nas suas cores , nos seus perfumes , para conhecer a natureza dos seres que possuem tais vestes .
E
meditar não só nas flores , mas em tudo o que existe nos diferentes reinos da natureza . . . mineral , vegetal , animal , humano .
Uma pedra , é a veste, o corpo no qual uma entidade espiritual se incarnou para se manifestar . . .
Omraam M . Aïvanhov
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